Manejo Sustentável da Água em Ação!
Iniciamos os nossos cursos de Manejo Sustentável da Água que fazem parte do Programa Cisternas da Articulação do Semiárido Brasileiro, com início nos municípios de Salgadinho e Passira, ambos no Agreste Setentrional de Pernambuco, os cursos têm como objetivo promover a formação para convivência com o Semiárido e a correta manutenção da tecnologia social de acesso a água, a cisterna de 16 mil litros.
A realização de cursos de manejo sustentável da água, antigo GRH (Gerenciamento de Recursos Hídricos) tem se mostrado essencial para comunidades do Semiárido, especialmente aquelas que dependem diretamente de tecnologias sociais como as cisternas de 16 mil litros. Em uma região marcada pela irregularidade das chuvas e longos períodos de estiagem, saber manejar adequadamente cada gota armazenada é o que garante segurança hídrica para as famílias do Semiárido.

As cisternas de 16 mil litros são projetadas para captar e armazenar água das chuvas, oferecendo uma fonte segura para consumo humano e atividades domésticas. Contudo, sua eficiência depende diretamente da qualidade do manejo. Sem manutenção preventiva, limpeza correta ou controle do uso, a água pode se tornar insuficiente, contaminada ou até inviável para consumo. É nesse ponto que o curso de manejo sustentável da água se torna fundamental, ao ensinar técnicas simples, acessíveis e adaptadas à realidade local.
Durante a formação, os(as) participantes aprendem a monitorar a quantidade de água, calcular o tempo necessário para que o volume armazenado dure durante o período seco e planejar o consumo de acordo com as necessidades da família. Essa gestão consciente evita desperdícios e garante que a cisterna cumpra sua função principal: fornecer água com segurança até a próxima estação chuvosa. Além disso, são discutidas estratégias de convivência com o semiárido, fortalecendo o entendimento de que a gestão da água precisa ser contínua e integrada ao dia a dia.
Também são abordadas nos cursos temáticas como: a divisão justa do trabalho nas propriedades, o diagnóstico rural participativo, territorialidade, agroecologia e o pertencimento do local onde se vive.
Outro eixo central do curso é a manutenção da própria estrutura da cisterna. Ensina-se como identificar possíveis rachaduras, infiltrações, problemas no telhado de captação, limpeza da calha e cuidados com o descarte das primeiras águas das chuvas. Essa atenção aos detalhes prolonga a vida útil da cisterna e reduz custos com reparos futuros, promovendo autonomia comunitária.


Além dos aspectos técnicos, a formação também estimula o protagonismo das famílias no cuidado coletivo com a água. Ao compreender a importância da cisterna como patrimônio comunitário, os moradores passam a adotar práticas mais responsáveis e colaborativas, fortalecendo redes locais de solidariedade e valorizando o conhecimento tradicional aliado ao conhecimento técnico. Assim, o curso contribui não apenas para o manejo da água, mas para o desenvolvimento social da comunidade.


Sendo momentos de muita formação, construção coletiva de conhecimento e diálogo para uma convivência adequada com o Semiárido e para um correto manejo da tecnologia social a cisterna de 16 mil litros.
Um mundo melhor é possível!
Redação: Glaydson Queiroz. Publicado dia: 17/11/2025.
